Por A Tarde
A análise de todo o material apreendido durante a Operação Gênesis, em Porto Seguro, resultou no indiciamento de 21 pessoas pelos crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva ativa, organização criminosa, além de crimes licitatórios e lavagem de dinheiro. Os nomes e cargos dos indiciados não foram revelados pela polícia.
O resultado do inquérito policial foi concluído na última sexta-feira, 2, mas as informações só foram divulgadas na tarde desta sexta, 9, pela Polícia Federal (PF).
A operação, deflagrada no início de agosto do ano passado pela PF, Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União, investigava a quadrilha especializada em fraudes a licitações e que desviava as verbas públicas destinadas à contratação de serviços de transporte escolar do município, no extremo sul da Bahia.
A organização era composta por servidores da prefeitura de Porto Seguro, agentes políticos, empresários e também “laranjas”. O grupo atuava no esquema desde 2013, direcionando as licitações para uma empresa que também era evolvida no crime.
De acordo com as investigações, a empresa participava do esquema há quatros anos e teve o contrato renovado diversas vezes. Dentro deste período, a prefeitura de Porto Seguro repassou cerca de R$ 37 milhões para a prestação do serviço de transporte escolar, que tinha estruturas precárias.
Além da quadrilha indiciada, também foram decretados diversas medidas cautelares como o bloqueio de bens e valores dos envolvidos. Ao todo, a polícia ouviu cerca de 65 pessoas. O inquérito será encaminhado para o MPF em Eunápolis.