Desde o início da pandemia de da Covid-19, diversos estudos estão sendo realizados para melhor entendimento do novo Coronavírus (Sars-CoV-2) que possa auxiliar não só no desenvolvimento de uma droga específica que tenha ação antiviral, mas também na criação da vacina.
Estudos recentes da Fundação Oswaldo Cruz identificaram pelo menos 6 linhagens do Coronavírus que estava em circulação no Brasil desde o início da epidemia aqui no final de fevereiro e abril. O estudo foi feito com auxílio de pacientes de diferentes estados que foram infectados pela Covid-19. Houve análises de 95 genomas completos do vírus Sars-CoV-2 e foram encontradas 6 linhagens: A.2, B.1, B.1.1, B.2.1, B.2.2 e B.6.
A origem dessas linhagens está na capacidade de ocorrer mutações no material genético do vírus, sendo o maior problema na produção de um medicamento que seja capaz de evitar a mutação no RNA do vírus. O coronavírus é um agente que sofre mutações frequentes por volta de 8 a 10 anos. Linhagens antigas já causaram epidemias passadas na China, em 2002, e no Oriente Médio em 2012.
A importância de saber que há linhagens diferentes do vírus é que cada linhagem pode ter características específicas no quadro clínico, no nível de transmissão e capacidade de provocar epidemias. Mas ainda as pesquisas não afirmaram ter diferenças nessas cepas virais.