Na madrugada do último sábado (28/05), cerca de 178 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reocuparam a fazenda Mata Verde, localizada no Córrego do Ouro no interior de Guaratinga.
Segundo o MST da Bahia, a ação tem como objetivo dar continuidade ao processo de denúncia da improdutividade da área e realização de sua desapropriação para fins de Reforma Agrária. Denunciando também a violência causada tanto pelo despejo quanto por pistoleiros.
A retomada do acampamento Claudia Sena, como ficou batizada o local, aconteceu quatro dias após a justiça ordenar a reintegração de posse da área ocupada desde o início do mês de abril deste ano. A Polícia Militar acompanhada de representantes do Poder Judiciário local entregaram uma liminar obrigando a reintegração da fazenda na última terça-feira (24/05).
Ainda de acordo com o movimento, após o despejo e sem ter para onde ir, as famílias passaram os últimos dias acampadas na beira da estrada do Córrego do Ouro. E a partir de então, passaram a sofrer ameaças e rondas de pistoleiros na região, historicamente marcada pela violência no campo.
“As famílias estão aterrorizadas tanto com o despejo quanto com as ameaças que estão sofrendo pelos pistoleiros”, disse Eliane Oliveira, da direção estadual do MST na Bahia.