O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta terça-feira (4) que, por decisão unânime, o partido apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
No primeiro turno, a legenda teve Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. O pedetista, porém, recebeu 3,5 milhões de votos (3%), ficando em quarto lugar na disputa.
“O que está em risco hoje são duas personalidades completamente diferentes: de um lado, o Lula, que é um democrata; do outro lado, um aspirador a ditador, que é o Bolsonaro”, avaliou Lupi.
Ciro fez duras críticas a Lula em toda corrida eleitoral, especialmente durante os debates. Apesar disso, Lupi garantiu que ele “endossa integralmente” a decisão do partido.
O presidente da sigla declarou ainda que conversou com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e apresentou três projetos da legenda: renda mínima; renegociação das dívidas, como SPC e pequenas empresas; e a liberação de recursos para escola de ensino integral em municípios e estados.
O pedetista também disse que pedirá inclusão do projeto de um novo código nacional do trabalho, além de revogação de pontos da reforma trabalhista.
Questionado sobre ataques a Lula no passado pelo partido, Lupi falou sobre outros cenários políticos.
“Nós já tivemos padre de quadrilha junina na campanha. Acho que o processo político às vezes se acirra de uma maneira, e eu vivenciei isso com [Leonel] Brizola e Lula lá em 1989. Era uma coisa muito forte, e isso não impediu Brizola de estar com o Lula na campanha”, argumentou.
Declaração de Ciro Gomes
Depois do pronunciamento de Lupi, Ciro Gomes divulgou um vídeo para endossar o apoio do PDT, mas não mencionou o nome de Lula.
“Fiquem certos que, como sempre fiz, vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do governo que assuma em janeiro”, afirmou.