Uma mulher escondeu um celular em um dos cômodos da casa para filmar a agressão que sofreu do marido na tarde de quinta-feira (24), em Porto Seguro. As imagens foram divulgadas pela vítima nas redes sociais. O homem, identificado como Alan Cerqueira, de 30 anos, é procurado pela Polícia Civil.
O caso aconteceu no distrito de Arraial D’Ajuda. A agressão aconteceu na frente da filha do casal, uma criança, que não teve a idade revelada.
Na postagem nas redes sociais, a vítima, identificada como Beatriz Aragão, conta que não é a primeira vez que foi agredida pelo marido. Em um claro pedido de socorro, a vítima postou “Compartilhei pfv, ele acabou com minha vida não consigo mas fingir que está tudo bem. Isso foi só um de várias vezes que aconteceu, não tenho mas força pra nada só espero que ele pague por tudo que já fez comigo pq ele conseguiu destruir minha vida , não vou poder vim ka mas pos estou sem celular ele quebro tbem , então quem tentar fala comigo infelizmente não vai conseguir. Só peso que espalhe isso”. (sic)
Nas imagens, a vítima é espancada na frente da filha, que chega a ser imprensada contra a mãe. Em um determinado momento, o agressor pega uma faca e coloca contra o pescoço da mulher.
Em entrevista ao FURO31, a delegada Elisabeth Salvadeu titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Seguro informou que assim que tomou conhecimento sobre o caso através das redes sociais adotou todas as medidas para identificar a vítima.
Ainda segundo a delegada, uma guarnição da Polícia Militar foi encaminhada para resgatar a mulher e sua filha, mas as mesmas foram retiradas de casa por parentes e conduzida para Aldeia Velha, em Arraial d’Ajuda.
A delegada acrescenta que Alan Cerqueira, que é dono de uma pizzaria em Arraial d’Ajuda, pode ainda responder por maus tratos, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, pois, como mostra o vídeo, a filha pode ter sido atingida por um dos socos.
Até o fechamento desta matéria, manhã de sexta-feira (25), a vítima ainda não havia registrado um Boletim de Ocorrência. A delegada Elisabeth Salvadeu informou também que independente da representação da vítima, diante das provas veiculadas nas redes sociais, as autoridades podem pedir a prisão preventiva do agressor, baseado na Lei Maria da Penha.