Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21 anos, e Nauí Brito de Jesus, de 16 foram mortos no dia 17 de janeiro deste ano (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A possibilidade da vinda de uma Força Nacional para atuar nas áreas conflagradas entre fazendeiros e indígenas no Extremo Sul baiano ainda não é real. A cobrança para a federalização do caso é reivindicada por entidades, como a Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR).


O pedido do reforço federal também foi feito pela ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, após a morte de dois indígenas na localidade de Barra Velha, em Itabela, no dia 17 de janeiro deste ano. Na ocasião, foram mortos Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21 anos, e Nauí Brito de Jesus, de 16.

Um policial militar, apontado como autor do duplo homicídio e identificado como Laércio Maia Santos, de 31 anos, foi preso. No mesmo dia, Guajajara anunciou a criação de um gabinete de crise com duração de 60 dias, o que foi encerrado no último sábado (18).

Segundo nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) ao Bahia Notícias, a pasta trabalha desde o dia 25 de janeiro com Força Integrada (FI) de combate a crimes comuns envolvendo comunidades tradicionais nas cidades de Eunápolis, Itabela, Itamaraju, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz Cabrália.

“A Força Integrada da SSP tem como objetivo prevenir e reprimir crimes envolvendo povos tradicionais, ocorridos em terras indígenas e quilombolas. Ela é composta por efetivos das polícias Militar, Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros”, diz a nota.

O soldado acusado pelo duplo homicídio, que atuava como segurança em uma propriedade rural, chegou a passar por audiência, mas não se pronunciou sobre o caso, ficando em silêncio. Depois, o militar foi transferido para o Batalhão de Choque da Policia Militar em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

As informações são do Bahia Notícias.