Cerca de 530 famílias do acampamento ‘Osmar Azevedo’ realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (29) pelas ruas de Itabela contra a liminar de reintegração de posse da área ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) na Fazenda Conjunto São Jorge, desde fevereiro deste ano.
Ainda durante a manhã, foi realizada uma reunião entre integrantes do movimento e representantes da justiça no fórum de Itabela para tratar sobre o assunto. Com a mobilização, as famílias Sem Terra pretendem que a juíza Tereza Julia do Nascimento, da Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cível e Comercial de Itabela, analise os pedidos de suspensão de despejo que foram feitos pela Procuradoria Geral do Estado da Bahia e pelos acampados, mas que até então não havia sido cumprido pela Polícia Militar.
Segundo o movimento, há indícios de devolutividade de parte da Fazenda Conjunto São Jorge, pois mais de 400 hectares do imóvel não possuem matrícula registrada no Cartório de Registro de Imóveis e outra parte possui indicativos de ilegalidades nas matrículas. De acordo com fazendeiros, a área ocupada pelo grupo é usada como pastagem.
Além disso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), através da Câmara de Conciliação Agrária, instaurou um processo administrativo e nos próximos dias poderá analisar a viabilidade da área para criação de um assentamento de reforma agraria.