Os ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, e Dyogo Oliveira, interino do Planejamento, acompanham o presidente Temer em café da manhã com jornalistas Marcos Corrêa/PR

Os ministros Henrique Meirelles, da Fazenda,
e Dyogo Oliveira, interino do Planejamento, acompanham o presidente Temer em café
da manhã com jornalistas Marcos Corrêa/PR


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (22) que a queda pela metade da taxa de juros do cartão de crédito deve ocorrer a partir do fim do primeiro trimestre do ano que vem. Após almoço com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Meirelles afirmou que esse prazo é suficiente para que os bancos e as operadoras de cartão se adaptem às medidas anunciadas hoje pelo governo.

“O que prevemos é que serão cerca de 90 dias em que as medidas começarão a ser implementadas. E isso já estará em vigor a partir do final do primeiro trimestre. É um prazo viável, sim, na medida em que hoje as condições da economia brasileira já estão bastante diferentes, e o ajuste fiscal está em andamento”, disse o ministro.

Meirelles afirmou que a economia do país dá os primeiros sinais de recuperação e que, a partir do ano que vem, a melhora será ainda mais “visível”. “A situação do Brasil já é, e será outra, de forma ainda mais visível a partir do final do primeiro trimestre. Isso, juntamente com algumas medidas regulatórias de cartão de crédito que tomaremos, como a unificação das máquinas nos pontos de venda, que já foi implementada, e uma série de outras, permitindo que os custos sejam menores.”

O ministro ressaltou que houve uma conversa do Banco Central com outros bancos para enfatizar a necessidade de “um esforço de todos” de modo que o Brasil volte a crescer.

Na manhã de hoje, em discurso durante café da manhã com jornalistas, o presidente Michel Temer anunciou que os juros do rotativo do cartão de crédito serão reduzidos pela metade, que os trabalhadores poderão sacar todo o dinheiro que têm em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e que o governo editará medida provisória para regularizar propriedades em área urbana. Mais tarde, foram anunciadas mudanças na área trabalhista.