Por Agência Brasil, Alana Gandra

Serão restaurados 53 hectares no Parque Nacional do Monte Pascoal. (Foto: Reprodução/Internet)


Recursos não reembolsáveis, no valor de R$ 3,66 milhões, serão liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a restauração de 210 hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia. O financiamento corresponde a 97,5% do investimento total do projeto Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil, que está localizado no Mosaico de Unidades de Conservação do Extremo Sul da Bahia (MPES). O anúncio foi feito hoje (22) pelo banco.

O projeto foi apresentado ao BNDES pelo Grupo Ambiental Natureza Bela, fundado em 2001 no município baiano de Itabela como organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). A instituição trabalha pela recuperação de áreas degradadas por meio do plantio de mudas nativas, monitoramento de áreas e formação de corredores ecológicos no extremo sul baiano. Até o momento, já foram restaurados pela Oscip 653 hectares.

(Foto: Reprodução/Internet)

A diretora executiva do Grupo Ambiental Natureza Bela, Geysa Bonfim Betti, informou que os recursos serão aplicados na região situada dentro do Parque Nacional do Pau Brasil (100 hectares), no Parque Nacional do Monte Pascoal (53 hectares) e na Terra Indígena Barra Velha (57 hectares), localizados no município de Porto Seguro. Segundo o BNDES, o projeto permitirá que o crescimento da floresta reduza a emissão de cerca de 46 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2).

Educação ambiental

Projeto engloba também projeto de Educação Ambiental com a população das áreas beneficiadas com o projeto. (Foto: Reprodução/WhatApp)

O projeto engloba também integração do Grupo Ambiental Natureza Bela com a população das áreas a serem beneficiadas. Geysa Betti disse que “dentro do projeto, há um setor de educação ambiental, que é o que a gente mais trabalha com a comunidade”. De acordo com o BNDES, isso possibilitará capacitar funcionários dos parques, produtores rurais do entorno e indígenas em técnicas de restauração, o que vai gerar oportunidades de trabalho, renda e qualificação para a cadeia de restauração florestal da região.

O contrato deve ser assinado nos próximos dias. Geysa disse que a expectativa é que o projeto comece a ser implantado ainda neste primeiro semestre.

Carteira

A carteira de restauração ambiental do BNDES soma, desde 2010, apoio de R$ 293 milhões para 29 projetos que envolvem a restauração de 29,1 mil hectares, dos quais 7,1 mil hectares com recursos não reembolsáveis e 22 mil hectares com recursos reembolsáveis. O apoio do banco para a recuperação de biomas brasileiros obedece ao Código Florestal de 2012 e à Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg), instituída em 2017.