Na última quarta-feira (05), a Polícia Civil de Eunápolis obteve Mandado de Prisão Temporária expedido pelo Plantão Judiciário Unificado do Tribunal de Justiça da Bahia em desfavor de V.S.S., 51 anos, investigado no inquérito policial que apura as circunstâncias e autoria do homicídio da adolescente espanhola NAYRA Gatti, de 14 anos, encontrada morta no distrito de Caraíva, município de Porto Seguro/BA, com lesões de violência sexual.
A prisão foi solicitada pela Polícia Civil em face dos áudios deixados por Renan de Almeida Oliveira, 51 anos, antes de cometer suicídio.
Renan foi encontrado morto na quarta-feira (05) pela manhã, decorrente de suicídio com o uso de uma corda, amarrada a um pé de goiaba, no quintal de sua casa, no município de Itabela/BA.
Ele havia sido ouvido pela Polícia Civil no dia anterior nos autos de investigação, porquanto, após o crime, tenha apresentado comportamentos suspeitos. Renan havia saído do distrito no mesmo dia que o corpo da adolescente foi encontrado, abandonando suas atividades, como se estivesse fugindo; e, dias depois, retornou à comunidade, sensivelmente assustado, vendendo tudo para ir embora.
Em sua oitiva, no entanto, Renan negou qualquer envolvimento com o crime e aceitou fornecer material genético para ser comparado com o que foi coletado na vítima.
No entanto, na mesma noite do dia que foi ouvido, Renan suicidou-se. Antes, porém, ele enviou áudio para três pessoas, informando que o crime havia sido praticado por um homem conhecido pelos apelidos de “NEVES” e “ALVES”, especificando, com outras referências, a pessoa por ele mencionada.
Nos áudios, ele explica que viu “NEVES” “bebendo ice, fumando maconha e cheirando pó” na companhia da adolescente, que foi encontrada morta do lado de onde este mesmo indivíduo estava trabalhando numa construção, afirmando, além disso, de forma peremptória, que o crime foi praticado pelo referido homem.
Na quarta-feira, em face de tais informações, a Polícia Militar de Caraíva localizou “NEVES”, que foi conduzido por Policiais Civis à Delegacia Regional de Eunápolis, onde foi ouvido e apresentado no Departamento de Polícia Técnica para fornecimento de material genético. Após ouvido e periciado, NEVES foi liberado.
Atendendo representação da Polícia Civil, com parecer favorável do Ministério Público Estadual, a Juíza de Direito do Plantão Judiciário Unificado decretou a prisão temporária de “NEVES” por trinta dias.
Ao tomar conhecimento da prisão decretada, no início da tarde desta quinta-feira, os advogados de “NEVES” o apresentaram na Delegacia de Eunápolis.
O envolvimento de Renan também não é descartado nas investigações, de forma que o material genético por ele fornecido será encaminhado para o Laboratório do Departamento de Polícia Técnica, na capital do Estado.
