
A prefeita Christine Pinto recebeu várias críticas após liberar funcionamento de mais estabelecimentos comerciais e não contemplar pequenas empresas do município. Empresários e lideranças políticas reagiram nas redes sociais ao decreto dizendo haver favorecimentos.
Ontem (30), a prefeita de Guaratinga decretou o funcionamento de oficinas mecânicas, casa de material de construção, clinicas de saúde, consultórios médicos, lojas de autos peças, serviços de internet e consultórios odontológicos, em regime de urgência e emergência obedecendo o horário de funcionamento de 7h30 às 14h e seguindo recomendações de espaçamento e limite de clientes por local, entre outros (veja aqui). Após a publicação do decreto, donos de pequenos negócios no município usaram as redes sociais para comentar sobre a nova decisão.
Atendendo a pedidos, o FURO31 não irá citar o nome de alguns autores das mensagens e outros terão seus nomes revelados. Confira abaixo as reações dos empresários e lideranças políticas.
“Peço as autoridades municipais que reveja esse decreto que está muito injusto porque favorece ‘A’ e ‘B’ e deixa outros de fora, garanto a vocês que esses comércios que vocês liberaram tem muito mais aglomerações que os nossos. E isso tá sendo muito injusto. Porque a prefeita não quer receber os comerciantes para conversarmos?”
“Com todo o respeito as autoridades responsáveis por esse decreto de inclusão me sinto triste e prejudicada não estando inclusos nesse decreto. Foi liberado quase tudo. O fluxo em lojas de roupas nem se compara a de um supermercado e casas lotéricas. Por favor repensem sobre esse decreto.”
“Lamentável essa decisão precipitada, desprovida de fundamento e evidência de qualquer risco. Esquecem-se de que as microempresas, empregadoras, não recebem repasses governamentais. Lamentável essa precipitação que vai criar imenso problemas na liquidez dessas empresas que estão PROIBIDAS de exercer as suas atividades.”
“ […] A minha pergunta é: prefeita, o pequeno comerciante que não tem vínculo parentesco com a senhora não pode ser beneficiado porquê? Porque que os critérios sanitários também não podem ser aplicados a eles e fazendo assim que os mesmos voltem a funcionar para manter as suas famílias? Sugiro que a mesma convoque uma pequena reunião com os comerciantes que o seu decreto deixou de atender, consulte os mesmos e verá que eles também têm necessidades e que precisam ser considerados pela senhora. Deixo aqui a minha indignação, também pedindo a Deus que a senhora prefeita tenha piedade dos menos favorecidos nesse momento tão difícil”, disse Hilquias Dias.
REUNIÃO QUE NÃO ACONTECE
Já houve duas tentativas de reunião entre comerciantes e a gestão. A primeira foi no dia 23 de março, convocada pelos representantes da prefeitura. Porém os comerciantes não apareceram, pois, a prefeitura já havia decretado que a maioria dos comerciantes não poderia funcionar. Segundo os comerciantes relataram a nossa reportagem, não havia sentido comparecer na reunião sendo que o decreto já havia sido publicado.
Nesta segunda (30), os comerciantes solicitaram uma reunião com a prefeita, o que não aconteceu e um novo decreto foi publicado liberando mais estabelecimentos a funcionarem. E nesta terça-feira (31) a gestão ainda não havia se posicionado sobre sentar com representantes da categoria.
Por FURO31