De acordo com António Guterres, Ex-Secretário Geral da ONU, a Agenda 2030 é a nossa “Declaração Global de Interdependência“.
A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a Paz Universal. O plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.
São objetivos e metas claras, para que todos os países adotem de acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são:
- Objetivo 1 – Erradicação da Pobreza. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
- Objetivo 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
- Objetivo 3 – Saúde e Bem-Estar. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;
- Objetivo 4 – Educação de Qualidade. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;
- Objetivo 5 – Igualdade de Gênero. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
- Objetivo 6 – Água Potável e Saneamento. Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos;
- Objetivo 7 – Energia Acessível e Limpa. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos;
- Objetivo 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos;
- Objetivo 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
- Objetivo 10 – Redução da Desigualdades. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
- Objetivo 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
- Objetivo 12 – Consumo e Produção Responsáveis. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
- Objetivo 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos;
- Objetivo 14 – Vida na Água. Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
- Objetivo 15 – Vida Terrestre. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda;
- Objetivo 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
- Objetivo 17 – Parcerias e Meios de Implementação. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Os 17 Objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do Desenvolvimento Sustentável: a econômica, a social e a ambiental. São como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor privado e todos cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável.[1]
O desafio dos próximos anos de implementação da Agenda 2030, bem como os ODS e suas metas, será estimular e apoiar, desde uma perspectiva “Transdisciplinar”, ações em áreas de importância crucial para a humanidade: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias.[2]
A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) surgiram em 2015 como um grande pacto supranacional para o enfrentamento dos principais desafios globais. Assinado por autoridades dos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil, o acordo logo se apresentou como uma ambiciosa agenda comum para nações de todos os continentes.
Estudo elaborado com base na Agenda 2030, em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ensejou a criação do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), mostrando que as 26 capitais estaduais têm grandes desafios a superar para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Lançado recentemente, o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR) é um estudo inédito desenvolvido pelo Programa Cidades Sustentáveis (PCS), em parceria com a Sustainable Development Solutions Network (SDSN), uma iniciativa da ONU para monitorar os ODS em seus países-membros.
O Programa Cidades Sustentáveis (PCS) é uma agenda de sustentabilidade urbana que incorpora as dimensões social, ambiental, econômica, política e cultural no planejamento municipal, atuando, desde 2012, na sensibilização e mobilização de governos locais para a implementação de políticas públicas estruturantes, que contribuam para o enfrentamento da desigualdade social e para a construção de cidades mais justas e sustentáveis.
Já o IDSC-BR é uma ferramenta para estimular e monitorar o cumprimento dos ODS em diversas cidades brasileiras. Elaborado com base em mais de 80 indicadores, o índice atribui, para cada município, uma pontuação específica por objetivo e outra, a pontuação final de classificação das cidades, para o conjunto dos 17 ODS.
Com esse estudo, espera-se gerar um movimento de transformação efetiva nas cidades brasileiras, orientar a ação política municipal e definir referências e metas com base em indicadores de gestão. É uma oportunidade para as cidades se integrarem à mais avançada agenda global de desenvolvimento sustentável.[3]
De acordo com o índice desenvolvido pelo estudo, mesmo aqueles municípios brasileiros que estão melhor posicionados no IDSC-BR, como Curitiba, São Paulo e Florianópolis, estão distantes das metas estabelecidas em oito dos 17 ODS.
O NeuroBanco – Banco de Desenvolvimento Comunitário, em colaboração para a transformação efetiva das cidades brasileiras, criou a Diretoria de Economia Solidária, a qual, secundada pelo Programa Político Institucional (PPI) do NeuroBanco, busca a realização de investimento de impacto em 3 eixos: Economia Solidária, Economia Criativa e Finanças Sociais.
Para cumprir os objetivos desses 3 eixos, o NeuroBanco implementou o Microcrédito com vistas à melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem em comunidades pobres e excluídas, através da concessão de créditos de forma simples e justa, dando-lhes condições para que acreditem em seus sonhos de empreender, promovendo o desenvolvimento local através da liberação de microcrédito associado à educação financeira.
Nesse sentido, a Diretoria de Economia Solidária se insere na Agenda 2030 da ONU, em seus ODS, gerenciando projetos, programas, negócios e serviços financeiros solidários feitos em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda, na perspectiva de reorganização das economias locais, com inovação em Tecnologias Limpas, tendo por base os princípios da Sustentabilidade, Economia Solidária e Comércio Justo (Fair Trade).
O fermento ao não se intimidar com o tamanho da massa, influencia o ambiente em que se encontra!
[1] A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. http://www.agenda2030.org.br/sobre/. Acessado em 19 de julho de 2021.
[2] Oliveira, Ricardo Justo. A gestão transdisciplinar. Repositório Institucional da UFSC Teses e Dissertações. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – PPGEP. In, https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/82747. Acessado em 19 e julho de 2021.
[3] Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil. O CAMINHO DE 770 MUNICÍPIOS BRASILEIROS EM DIREÇÃO À AGENDA 2030. In, https://idsc-br.sdgindex.org/. Acessado em 19 de julho de 2021.