A polêmica em torno da volta às aulas presenciais na rede municipal de Guaratinga continua. Na manhã desta quinta-feira (10), pais, estudantes e professores fizeram um ato, pelas ruas da cidade pedindo o retorno das aulas presenciais.
O ano letivo começou no município no dia 21 de fevereiro de maneira remota, com validade até o dia 31 de maio. Porém, os alunos podem ir nas escolas para atendimento presencial com o professor das 7h30 às 9h30, em dias alternados, o chamado Programa de Atendimento ao Aluno (PAA).
Um grande debate foi gerado na comunidade escolar após o Município determinar o retorno remoto das aulas de forma remota, mesmo que todas as outras cidades da região tenham optado pelo presencial como modalidade de ensino para iniciar o ano letivo.
O protesto percorreu várias ruas da cidade com paradas na frente da Secretaria de Educação, Forúm e a sede da Prefeitura. Em um carro de som, os manifestantes proferiram gritos como: “Não ao massacre intelectual” e “Aulas presenciais já!”.
“Não entendo porque não pode haver aula presencial sendo que o número de casos de Covid-19 está baixo, a equipe pedagógica do município se diz preparada para o retorno presencial e foi determinado aulas remotas”, disse uma mãe.
A Secretaria Municipal de Educação justificou a decisão considerando que de janeiro a fevereiro deste ano o município deu um salto no número de casos de Covid-19, chegando a atingir 200 casos ativos. Todavia, os números de casos caíram, chegando a 03 casos ativos, segundo o último boletim epidemiológico do dia 03 de março.
No dia 23 de fevereiro, pais de alunos estiveram presentes na Câmara Municipal de Vereadores expondo as insatisfações diante da modalidade de escolhida pela secretaria para iniciar o ano letivo de 2022.
O Ministério Público Estadual (MP-BA) chegou a recomendar que as aulas fossem retomadas presencialmente e entrou na justiça com uma ação civil pública pedindo a obrigatoriedade das atividades presencias nas unidades municipais de ensino. O caso aguarda a decisão do juiz da comarca local.
