Por Bahia Dia a Dia

Prefeitura de Guaratinga terá de devolver R$ 817 mil após ação da PF (Foto: Polícia Federal/ Divulgação)


Dando prosseguimento a “Operação Agentes Nocivos”, que visa investigar o desvio de recursos do SUS para financiar cirurgias fictícias no Hospital e Maternidade Joana Moura, em Guaratinga, a Polícia Federal ouviu, na manhã desta terça-feira (27), em sua sede, em Porto Seguro, suspeitos de participação no caso.

De acordo com informações de sites locais, foram ouvidos a responsável pelo lançamento da AIH’s, identificada apenas por Virgínia, o chefe do setor de informática da Secretaria de Saúde, identificado como Daniel, e o ex-secretário de Saúde, Rodrigo Reis, que pediu demissão do cargo logo após as denúncias virem à tona.

Ainda conforme as informações, o conteúdo dos depoimentos foi anexado ao inquérito do Ministério Público Federal e nas investigações da Polícia Federal.

A Polícia Federal ainda não divulgou oficialmente informações sobre o episódio.

ENTENDA O CASO

A “Operação Agentes Nocivos”, que foi deflagrada em abril deste ano, visa desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar verbas do Sistema Único de Saúde (SUS), em Guaratinga. De acordo com as investigações, os suspeitos praticavam os desvios mediante a realização de diversos procedimentos médicos e cirurgias hospitalares fictícias. Tais procedimentos não teriam sido realizados, no entanto, teriam sido pagos com recursos do SUS, repassados para o custeio da saúde do Município de Guaratinga.

Além de ouvir os três suspeitos nesta terça, a Polícia Federal já tinha cumprido dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Eunápolis, nas sedes da Secretaria Municipal de Saúde e no Hospital Joana Moura, ambos no município guaratinguense.

Já em agosto deste ano, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, indicou um procurador e um promotor na Bahia para investigarem repasses do SUS para o Hospital Joana Moura, no município de Guaratinga.

Os envolvidos no crime vão responder por organização criminosa e peculato, de acordo com a polícia. A estimativa é de que a organização desviou R$ 800 mil.