Categoria da enfermagem projeta paralisação por avanço do piso salarial – (Foto: Rafaela Araújo)

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB) anunciou uma manifestação seguida por paralisação para amanhã, dia 14, em ação conjunta com um movimento nacional que irá ocorrer como forma de pressão para o avanço do piso da categoria. Em Salvador, o protesto será realizado na região do Iguatemi, a partir das 8 horas da manhã.


A presidente do SEEB, Alessandra Gadelha, disse ao portal A TARDE  que o movimento vai envolver todos os profissionais da categoria, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. A decisão pela adesão ao movimento aconteceu após assembleia no último dia 8.  A declaração da sindicalista foi dada nesta sexta-feira, 10.

“Estamos cobrando a concretização do pagamento do Piso Salarial conforme a Lei aprovada nas duas casas legislativas e sancionada pelo presidente. E já existem algumas emendas sobre o tema que estão com o Ministério da Saúde. Caso não ocorra avanço na pauta, vamos ter a manifestação e uma paralisação de 12 horas”, explica a presidente da categoria. 

A lei do piso salarial da enfermagem (PL2564/20) foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de setembro de 2022, com a justificativa da falta de recurso das redes públicas e privadas para pagarem o reajuste.

De lá para cá, os impasses do piso salarial da enfermagem estão sendo discutidos entre parlamentares e entidades de saúde, desde o avanço da luta para sua aprovação, em especial no último ano, até o momento.

Sobre o esquema pensado para a paralisação, diante da necessidade dos profissionais para o funcionamento do sistema de saúde, Alessandra Gadelha deu detalhes para o portal A TARDE sobre o que foi decidido na recente assembleia da categoria.  

“Respeitando os limites da lei, da paralisação, até porque somos serviço essencial, houve a aprovação unânime pela trabalho de 100% dos profissionais da enfermagem em  emergência, unidades críticas como a UTI e a hemodinâmica, além dos procedimentos de urgência e emergência. Nas unidades de internação e procedimentos eletivos, 30% da categoria estará atuando. E a paralisação será de 100% nas unidades de atenção primária, ambulatórios, seguindo a orientação da categoria”, explica Alessandra.