Por ASCOM – Prefeitura de Porto Seguro

Jovem representa pessoa com doença mental, em imagem de arquivo (Foto: Pixabay)


No dia Mundial de combate ao suicídio, 10/09, os olhares voltam-se para uma triste realidade  que mata um brasileiro a cada 45 minutos e uma pessoa a cada 45 segundos no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com levantamento dessa instituição, outros indicadores alarmantes apontam que aproximadamente 800 mil pessoas anualmente realizam morte autoprovocada. No Brasil, o número aumentou entre 2000 e 2016, de 6.780 para 11.736. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre jovens e idosos, de acordo com o Ministério da Saúde.

A superintendente da Saúde Mental do município, Vandermilza Barbosa de Souza, faz uma alerta acerca do tema. “O suicídio é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo,que afeta, além de suas vítimas, os familiares e amigos. A dimensão dos casos tem crescido entre os jovens, por isso precisamos falar sobre assunto, conversar com o maior número possível de adolescentes. Nossa proposta é estimular a ruptura do tabu, a quebra do preconceito, para que no lugar da solidão e desespero, as pessoas estejam aptas a oferecer amparo emocional, terapêutico, através do cuidado especializado, evitando o surgimento de outros casos de morte”, afirma.

Programação no combate ao suicídio 

Visando promover a discussão e a prevenção deste desolador cenário, a Secretaria de Saúde de Porto Seguro, através do Programa de Saúde Mental (CAPS), em atuação conjunta com o CREAS, realizará uma série de ações no Setembro Amarelo, que teve início com desfile cívico da Independência do Brasil, ao reunir profissionais da saúde mental, usuários e familiares, como prática mobilizadora.

O ciclo de atividades abrangerá a rede de ensino municipal e estadual, com a promoção de palestras envolvendo estudantes e professores, unidades de saúde, tendo a distribuição de material educativo, a fim de engajar a sociedade sobre os sinais de alerta, sintomas apresentados e os mecanismos de ajuda para evitar a tragédia, muitas vezes anunciada, devido ao comportamento oriundo de uma depressão grave, traumas antigos vivenciados, dentre outras situações.

O secretário de saúde, Kerrys Ruas, enfatiza que, ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, quem comete suicídio demonstra sinais que requerem atenção e cuidados. “É muito importante que exista o apoio familiar, para que a pessoa se sinta protegida, amada e com possibilidades de seguir adiante, sem atentar contra a própria vida. Procurar apoio e ajuda especializada, no âmbito da saúde e demais setores sociais, é fundamental, pois trata-se de um problema grave e não poder ser negligenciado”, declara.