Por Rose Marie

População se mobiliza dentro do plenário (Foto: Internauta)


Com palavras de ordem como “aqui está presente, a massa consciente”, e “o povo unido, jamais será vencido”, terminou mais uma sessão frustrada da Câmara de Vereadores de Eunápolis, que arquivou o quinto pedido de formação de uma CPI para investigação, apuração e possível cassação do mandato do prefeito Robério Oliveira (PSD), afastado do cargo como desdobramento de uma Operação Polícia Federal que investiga o envolvimento dele em suposto desvio de R$ 200 milhões em verbas públicas.

Convocados por meio das redes sociais, os manifestantes a favor da investigação chegaram vestindo roupas pretas e portando faixas e cartazes com frases de protestos pela recusa de 13 vereadores em apurar as ações do chefe do Poder Executivo à frente do cargo.

Do outro lado do plenário da casa, servidores públicos e alguns apoiadores do prefeito afastado chegaram usando roupas de cor azul, que caracteriza um movimento denominado “onda azul”. Esse grupo também usa as redes sociais para se encontrar e atuar em favor da manutenção do cargo do prefeito afastado.

AÇÃO NAS REDES SOCIAIS

Militante do grupo chamado “Avança Eunápolis”, Edmeia Gonçalvez, moradora do Bairro Nova Eunápolis, disse que o movimento surgiu a partir de um grupo de mães para reivindicar uma linha de transporte escolar para seus filhos. Segundo ela, a proposta é criar uma onda de otimismo e a certeza que o povo pode mudar os destinos da cidade.

População se mobiliza dentro do plenário (Foto: Internauta)

“Em seguida nós vimos que as demandas foram se ampliando e agora a gente percebe que nossos governantes são pessoas investigadas pela Polícia Federal que diz que elas não agiram na legitimidade e nem conforme os princípios da administração pública. Por isso nos estamos nos unindo, por meio das redes sociais, para cobrar dos vereadores o fim dessa corrupção”.

Ao usar a tribuna da Câmara para protestos contra o arquivamento da denúncia, Jota Batista (PSC), considerou que, quanto mais a Câmara posterga esta decisão mais aumenta a revolta da população e aflora o desejo de justiça.

“As entidades, como Maçonaria e Rotary ainda permanecem indiferentes ao clamor popular, no entanto, o povo aprendeu a se associar por intermédio das redes sociais”. Pontuou.

“É claro que alguns desses grupos utilizam-se dessa ferramenta para cometer crimes virtuais, mas a gente não pode se enganar com os chamados Fakes News, que divulgam notícias falsas através das redes socais. Para esses nós vamos buscar a ação da polícia”. Avisou.