A equipe do FURO31 apurou o que foi divulgado e buscou ouvir autoridades após o desabamento de parte do telhado da Escola Jovina Pereira, em Monte Alegre, povoado de Guaratinga, ter completado um mês.
LAUDO DO ENGENHEIRO
O laudo de inspeção predial (leia na íntegra) realizado após o incidente pelo engenheiro do município, Lucas Mariano, revelou que uma soma de três problemas contribuiu para o desabamento de parte do telhado. O primeiro foi o desgaste e a falta de manutenção da estrutura do telhado ao longo do tempo.
O documento também confirmou a situação levantada por moradores, que informaram que as telhas do telhado foram trocadas, mas as novas telhas eram mais pesadas que as antigas. Como a estrutura de madeira não foi reforçada, isso pode ter causado um excesso de peso no telhado.
O terceiro fator identificado foi a falta de alguns elementos estruturais essenciais para sustentar a cobertura. Durante a inspeção, o engenheiro constatou que ripas e caibros de uma sala estavam danificados, além de falhas no encaixe das telhas e na proteção da estrutura. A substituição completa da cobertura foi considerada necessária para garantir a segurança dos usuários.
“[…] Classifico a estrutura, de maneira global, como de GRAU DE RISCO CRÍTICO, sendo necessária a intervenção imediata para sanar as irregularidades apontadas no laudo de inspeção”, concluiu o engenheiro em seu parecer.
AULAS REMOTAS E LOCAL IMPROVISADO
Após um mês do desabamento de parte do telhado da Escola Jovina Pereira, os alunos do ensino fundamental estão estudando de forma temporária no prédio da Creche Criança Feliz, localizado próximo à quadra de esportes do povoado, enquanto outra parte segue com aulas remotas.
Ao FURO31, o diretor da escola, Glaucione Souza, explicou que as aulas estão sendo realizadas nesses dois formatos enquanto a escola não é reformada. “Estão funcionando oito turmas de forma presencial e oito turmas de forma remota”, afirmou o diretor.
Com o desabamento do telhado da Escola Jovina Pereira, as aulas na Escola Raul Batista, também localizada no povoado, foram paralisadas por questões de segurança. Até o momento, o telhado de Raul Batista foi removido devido ao risco oferecido.
SEM PREVISÃO DE RETORNO
A Escola Jovina Pereira está interditada desde dia 31 de outubro, por tempo indeterminado, conforme decreto publicado pela prefeitura no Diário Oficial do município (leia na íntegra). A decisão foi tomada considerando o laudo do engenheiro responsável pela inspeção predial.
O QUE DIZEM AS AUTORIDADES
A reportagem do FURO31 entrou em contato com a Secretaria de Educação de Guaratinga para saber se há previsão para a reforma do local ou se será oferecido um espaço alternativo para os estudantes que estão com aulas remotas. Contudo, até o fechamento desta matéria, não houve resposta.
