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Os servidores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) iniciaram nesta terça-feira (6) uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj) após anos de reivindicações não atendidas sobre reajuste salarial e implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).


Segundo o sindicato, os salários dos servidores acumulam uma defasagem de 62% em relação à inflação dos últimos dez anos, sem reajustes há mais de oito anos. O PCCV, que prevê a recuperação gradual de 53,3% das perdas salariais, ainda não saiu do papel, apesar de ser uma demanda antiga da categoria.

Apesar da paralisação, os servidores garantiram a manutenção dos atendimentos essenciais, como processos urgentes relacionados à saúde, fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água. As demais atividades judiciais poderão sofrer atrasos enquanto persistir o movimento grevista.

Nos últimos meses, o Sintaj realizou diversas reuniões com a administração do TJ-BA em Salvador, mas não obteve avanços nas negociações. A greve foi considerada a última alternativa para pressionar por soluções concretas que corrijam as perdas salariais e melhorem as condições de trabalho.

A categoria se mantém mobilizada e afirma que só encerrará o movimento quando houver propostas efetivas do Tribunal para resolver os problemas apontados. Enquanto isso, os servidores permanecem em estado de greve, aguardando uma resposta satisfatória da administração judiciária.