O estreitamento das relações entre Brasil Ride e União Ciclística Internacional (UCI), aliado ao desafio e amadurecimento da Ultramaratona, tem chamado a atenção de atletas internacionais para a competição. Segundo dados da UCI, o número de atletas internacionais, vinculados à confederação e que participaram do evento foi 20% maior do que o registrado na edição passada. Atletas brasileiros filiados à entidade também foram responsáveis por um número significativo. E esse efeito pode ser visto pelo número de inscrições, que ultrapassou o limite, chegando a 542, representando 22 países e todos os estados brasileiros.
A Brasil Ride Bahia foi incluída no calendário da União Ciclística Internacional (UCI), em 2013. Na época, era a única prova de mountain bike por etapas no continente americano a aparecer no calendário UCI. A competição colabora para a pontuação no ranking mundial de MTB e tem sido elogiada por conta de sua estrutura. Segundo o fundador da Brasil Ride, Mario Roma, sempre houve uma boa relação com a UCI. Porém nos últimos anos, a confiança depositada pela organização e comissários tem aumentado, principalmente por entender a importância e dinâmica da Ultramaratona brasileira.
“O aumento do número de atletas foi significativo e de pontuação do ranking UCI também. Ao todo 41 atletas, sendo 30 homens de 11 países e 11 mulheres de 9 países diferentes, configuram com pontuação pela Brasil Ride. É importante frisar que isso reflete também no crescimento da prova, na escolha pela competição e pelo time robusto de mulheres. Da elite feminina, em 2024, foi composta por 46 mulheres, e destas, 11 estão no ranking, ante os quase 100 (97) masculinos que participaram e não receberam pontos”, destaca.
Requisitada – Segundo o Comissário da UCI, Antonio Carlos Vinck, que acompanha a prova há 9 anos, a Brasil Ride é uma das provas mais requisitadas pelos atletas e se iguala às mais importantes do calendário mundial. Na lista da UCI, a Brasil Ride figura como SC1, XSCS, que são provas mais difíceis, com grande qualidade técnica, mais tensa e maior, já que são 7 dias e 7 etapas.
“A Brasil Ride é incrível e tem um público cativo e que sabe o que vai encontrar durante o percurso, que sempre tem mudanças. Como tem gente em sua primeira vez, tem pessoas na nona, décima participação. Ela já se tornou uma prova clássica para os amantes da MTB. Já em relação aos participantes, vimos um aumento de 20%, com muitos estrangeiros”, ressalta.
O comissário ainda reitera as nuances da prova que tem – além de trajetos singulares -, a Vila Brasil Ride, que acolhe os participantes por 3 dias, onde sob o céu e encravado nas montanhas, em barracas e com uma imensa infraestrutura partem e voltam dessa aventura épica.
“São muitos os destaques dessa prova, mas ficar acampado é uma parte relevante e que modifica o físico e o mental, pois insere o atleta na Ultramaratona de forma diferenciada. E faz da competição um evento ímpar, já que no ciclismo é uma novidade ainda. A passagem por dois parques nacionais, e pelas cidades de Porto Seguro – onde se ambientam os distritos de Arraial d’Ajuda e Trancoso, e na Vila Brasil Ride, localizada em uma fazenda em Guaratinga é fantástico. A ideia de Mario Roma, que tem ainda o amparo de tantos outros profissionais como a CEO Andrea Roma, o diretor de provas, Rafael Campos e as equipes de apoio, de alimentação e tantas outras que fazem o evento acontecer, é uma família ao final de tudo. Nós nos sentimos parte também”, revelou Antonio, que também agradeceu seus companheiros de UCI, Denildo Gomes e Ingrid, comissários nacionais para a competição, que junto com ele são responsáveis pela parte técnica de largada, chegada e ranking.
Temporada 2025- E a Ultramaratona de 2025, já está com as inscrições abertas e vem com novidades. Para
clientes Bradesco, a Brasil Ride 2025, terá desconto de 15% na inscrição, para quem utilizar os cartões de crédito Bradesco Prime. O desconto vale para todos os eventos do próximo ano e as inscrições podem ser feitas no site (https://www.brasilride.com.br/).
Bradesco apresenta a Brasil Ride Bahia 2024. Patrocínios de Bradesco, Vibra Energia, Mitsubishi Motors, Kona Bicycles e Unidas – Aluguel de carros, Sram, Fox, Garmin, Magura, Comerc Energia, Gasolina Podium, Shokz, Zipp, Vitória Pneus, Rock Shox, Alquimia da Saúde e Coca-Cola. Apoio institucional Parque Nacional do Pau Brasil / ICMBio. Chancela da União Ciclista Internacional (UCI), Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e Federação Baiana de Ciclismo (FBC). A organização é do Instituto Brasil Ride.
BOX: NÚMEROS
O comissário nacional da UCI e CBC, Denildo Gomes revelou algumas informações relevantes sobre a Ultramaratona Brasil Ride. Ele explica que na categoria masculina tiveram 31 atletas masculinos ranqueados e 12 femininas na Brasil Ride Bahia 2024. A maioria desses nomes são internacionais.
“Existem outros atletas que participaram da edição, formando duplas, trio. Mas por concorrerem ao lado de amadores – que não fazem parte da classificação UCI – não pontuam. Aqui o que levamos em consideração são os rankings da Ultramaratona. Um exemplo que posso dar é o do vencedor da Brasil Ride, Martin Vidaurre, que é conhecidíssimo no XCO (Cross Country), mas até então não tinha pontuação no ranking de maratona. Outro nome muito conhecido é Gustavo Xavier e que estavam fora dessa listagem de ranqueados. Além disso, tem que ser finisher, tem que ter pontuação. Gustavo já participou da Brasil Ride, mas não pontuou. A UCI pontua atletas até o 36º lugar”, salientou. Já as duplas, quando são um amador e um elite, não pontuam. “Para entender, consideramos os solos elite como profissionais, e duplas e trios como amadores”, finaliza.