Cisterna abandonada no “Sitio Bar” (Foto: Estevão Silva)
A cidade de Guaratinga possui diversos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus da zica. Dentre os inúmeros criadouros é possível notar em pleno centro da cidade que os esgotos a céu aberto, terrenos baldios, veículos abandonados e cisternas destampadas, geram muita preocupação para a população local. Com todos este problemas visíveis a prefeitura ainda não deu início a uma ação em combate ao mosquito que está sendo em todo Brasil, um dos maiores vilão da saúde pública.
Nossa reportagem esteve em alguns locais em que o mosquito pode estar fazendo a “festa” em poças de água parada. Também foi constatado o descuido de proprietários de imóveis, bem como a falta de cuidados dos órgãos fiscalizadores da cidade, que parecem não está atuando neste problema.
Com a passagem do período de estiagem, que durou dias e levou a população ao colapso por falta d’agua, cisternas que foram abertas durante a seca ficaram abando nadas. Uma dessas cisternas está localizada na localidade central da cidade, conhecida por “Sitio Bar”, onde é possível nota-la sem tampa, com água parada criando lodo e com grande sujeira ao seu redor.
Em outro ponto da cidade, pode-se destacar um terreno particular, onde se encontra uma frota de ônibus abandonados, local perfeito para a proliferação das larvas, devido ao acumulo de água parada, além da sujeira que tomam conta do local. Alguns terrenos baldios na cidade, também apresentam possibilidades de serem criadouros do mosquito, já foram encontrados lixos que acumulam água.
As bocas de lodo e os esgotos a céu aberto, são os mais preocupantes, pois boa parte da cidade convive com os mesmos sem os devidos cuidados necessários para evitar o mau cheiro e a proliferação de mosquitos.
Em uma conversa com o Secretário Municipal de Saúde, Sr° Ronaldo Santana, as informações dão conta de que providencias preventivas já estão prestes a serem tomadas. Ronaldo informou ainda, que em Guaratinga, além da dengue e zica, não houve nenhum caso registrado da febre chikungunya, mas é preciso prevenir antes do que remediar depois. “Para acabar com a dengue dependemos muito da população, da conscientização e da ação dos moradores”. Afirmou o Secretário.
Ronaldo ainda informou que um Posto de Denúncias foi montado, na Avenida Bahia, próximo ao hospital, onde o cidadão pode denunciar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Com base nas informações denunciadas, uma equipe de agentes fiscalizadores visitarão o local, afim de tomarem as providencias necessárias.
O Combate à Dengue é uma responsabilidade dos órgãos públicos e de toda população. O mosquito da dengue (aedes aegypti), da febre chikungunya e do vírus da zica se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída). A conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental importância para a redução e, quem sabe, a erradicação desta doença do Brasil.
É preciso que cada cidadão faça sua parte cuidado tomando os seguintes cuidados:
– Não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nestes pneus para evitar o acúmulo de água;
– Não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência;
– Não deixar a água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.
– A vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada. Deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia;
– Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água;
– Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar;
– As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas;
– Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado).
– Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada;
– As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária.
– Sempre que observar alguma situação (que você não possa resolver), avisar imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.
Estevão Silva
