Em virtude do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, o Poder Legislativo de Eunápolis realizou, nesta quinta-feira (07), uma palestra sobre “Machismo e Violência de Gênero.” O tema foi abordado pelo Coordenador Regional da 23ª Coorpin, delegado Paulo Henrique de Oliveira. A investigadora Tássia Almeida também estava presente.
O presidente da Casa, Jorge Maécio Almeida (PP), em deferência à data passou a presidência para Arilma Rodrigues (UB) que comandou os trabalhos. Após autorizar a leitura da ata da sessão anterior (1195ª) e da ordem do dia, pela secretária Carmem Lúcia (PSD), a presidente convidou o palestrante para usar a palavra no espaço da Tribuna Livre, para um auditório atento.
O delegado Paulo Henrique discorreu sobre as definições dos conceitos históricos acerca de machismo e gênero, e no preâmbulo alertou que sua fala era mais direcionada aos homens: “porque se existe violência doméstica é por nossa causa; é porque existe um homem agressor; é porque existe um homem que viola direitos fundamentais das mulheres.”
Conceituou violência de gênero como “qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra alguém devido a sua identidade de gênero ou orientação sexual” e categorizou: “historicamente, dada as relações desiguais, as mulheres são as mais atingidas pela violência de gênero.”
No espaço de 15 minutos, Dr. Paulo Henrique enumerou uma séria de medidas que as mulheres podem recorrer ao se sentirem ameaçadas. Disse que o sentimento de superioridade dos homens está enraizado em todos os lugares e por isso é muito importante que os homens falem mais sobre isso.
Ele ainda alertou: “se presenciarmos algum homem fazendo algum tipo de ‘brincadeira’ que diminua qualquer mulher, nós não podemos ser conivente com isso; do mesmo modo, não podemos aceitar quando essa pseudo-brincadeira vira, muitas vezes, agressão, e depois uma bola de neve sem controle.”
Falou ainda da importância de tratar do tema sem escamotear. “Nós vivemos em uma sociedade machista, precisamos reconhecer e enfrentar isso, a partir de um prisma de que temos que enfrentar em várias esferas, a começar pela educação. Esse tema precisa estar nas escolas, dentro dos lugares de trabalho, na política, dentro das Casas Legislativas etc”.
“A partir desse prisma precisamos lançar discussões, pois de nada adianta palestras, eventos se não fizermos as mudanças”. Lembrou a importância da Lei Maria da Pena “pois deu maior visibilidade e garantia às mulheres que sempre foram tratadas, especialmente dento de casa, como coisas, como objetos”. Por fim, elogiou a iniciativa da Câmara de Eunápolis e destacou a importância de se falar do tema.
A Vereadora Arilma Rodrigues agradeceu a presença do delegado e da investigadora Tássia Almeida. Reconheceu a importância da presença feminina no legislativo eunapolitano, exercido por ela e pela vereadora Carmem Lúcia Maciel.
Outros vereadores, como Jorge Maécio também utilizaram suas falas para celebrar a força, a coragem e o poder de superação das mulheres.
Antes de encerrar a sessão a presidência retornou para o titular, Jorge Maécio, que conduziu a votação de duas indicações ao Executivo, de autoria dos vereadores Renato Bromochenkel e da líder do governo, vereadora Carmem Lúcia.
