Entidades se manifestam sobre a retirada das árvores da Av. Duque de Caxias em Eunápolis (Foto: Prefeitura de Eunápolis)

A prefeitura de Eunápolis retirou mais quatro árvores da Avenida Duque de Caxias, no centro de Eunápolis, na terça-feira (13) em pleno feriado de carnaval. A notícia repercutiu pela cidade e entidades se manifestaram nesta quinta-feira (15).


Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Eunápolis disse, em nota, que enviou uma denúncia ao Ministério Público através do ofício nº 14/2024, em caráter emergencial, sobre as podas drásticas e supressão de árvores e vegetação no meio ambiente urbano desta municipalidade.

“A Ordem dos Advogados do Brasil, defende a Constituição, a ordem jurídica, o Estado de Direito, os direitos humanos, a justiça social, pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas, doravante simplesmente designada por Subseção Eunápolis, por meio da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, apresenta NOTÍCIA DE FATO, em caráter emergencial no MP de Eunápolis.”

Loja Maçônica Fraternidade 5 de Novembro de Eunápolis, através de sua Comissão de Cidadania, também se manifestou informando que protocolou na prefeitura um pedido de suspensão de podas drásticas sem qualquer motivo aparente e inexistência de ações conhecidas de compensação ou plano municipal de arborização.

No documento protocolado, a Fraternidade destacou também que houve podas drásticas em outras localidades como na Avenida Paulino Mendes, Parque Ecológico Gravatá, Bairro Jardins e na rua Floriano Peixoto. Além disso, o texto apresenta os benefícios da arborização como melhoria da qualidade do ar, regulação térmica, promoção da biodiversidade, benefícios psicológicos e valorização imobiliária.

“De forma propositiva, demonstra-se a necessidade de um plano com políticas claras para a proteção das árvores existentes, critérios técnicos para podas e, mais importante, estratégias para o replantio e ampliação das áreas verdes urbanas, incluindo um programa de compensação ambiental para as árvores já removidas”, pontuou Ramon Prates, representante da Loja Maçônica.

Mais cedo, o FURO31 buscou ouvir o biólogo de Porto Seguro, Fernando Damasceno, que é Mestre em Ciências Ambientais e Consultor Ambiental para entender melhor o que ainda pode ser feito na localidade para reduzir os impactos da retirada. Ele explicou que na avenida poderia ser criado um canteiro central para preservar as árvores sobreviventes.