
O juiz de Direito Roberto Freitas concedeu, nesta quinta-feira (12), uma tutela de urgência para suspender o fechamento da agência do Bradesco no município de Itagimirim. A decisão obriga o banco a manter a unidade em funcionamento até nova ordem judicial, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, limitada a R$ 600 mil em caso de descumprimento.
A medida visa evitar impactos sociais e econômicos para a população local, composta principalmente por idosos e pessoas de baixa renda, que dependem do banco para receber aposentadorias, pensões e benefícios sociais. Segundo o processo, muitos moradores não têm acesso à internet ou transporte para se deslocar a agências em outras cidades.
“O fechamento imediato causaria danos de difícil reparação”, afirmou o magistrado, ressaltando que a manutenção provisória não impõe ônus excessivo ao Bradesco, dada sua estrutura já existente e capacidade financeira. O juiz também destacou que o banco assumiu as funções do extinto Baneb, herdando uma responsabilidade social com comunidades carentes do interior baiano.
O Bradesco será intimado eletronicamente e poderá se manifestar no prazo legal. O Ministério Público e as demais partes também serão notificados.
A decisão foi celebrada pela população de Itagimirim, que historicamente enfrenta dificuldades no acesso a serviços bancários. A manutenção da agência é considerada crucial para garantir inclusão financeira e direitos sociais aos moradores.