O Marido da cigana Hyara e sua família acabam de serem localizados na tarde desta quarta-feira (26) pela Força Tarefa de Segurança Pública capixaba, chefiada pela Polícia Federal, no Estado do Espírito Santo. A informação foi confirmada com exclusividade pela advogada da família da adolescente cigana, Janaína Panhossi, ao FURO31.


De acordo com a advogada, eles estão na Superintendência da Polícia Federal em Vila Velha. O marido, dois irmãos gêmeos de nove anos que estavam na casa com ele e Hyara no momento do disparo, assim como a mãe e o pai dos três, fugiram da cidade após a morte da cigana no dia 6 de julho.

No dia 15 de julho, a Justiça de Guaratinga determinou a busca e apreensão do adolescente de 14 anos principal suspeito dela morte de Hyara em todo o país e a internação provisória dele por 45 dias em uma entidade socioeducativa por ser menor de idade.

Familia havia fugido da cidade após a morte da cigana (Foto: Reprodução/TV Globo)

Consta dos autos que o crime em questão, que vitimou Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos de idade, foi praticado no dia 6 de julho de 2023, por volta das 12h. No local do fato a Polícia encontrou uma Pistola Modelo 838, calibre .380, dois carregadores municiados, além de um cartucho deflagrado.

Conforme mostrado no site, o tio de Hyara tinha um relacionamento com a sogra da vítima que é mãe do suspeito. Ao menos três pessoas disseram ter ouvido um cunhado de Hyara indicando o marido como autor dos tiros. “A* matou Hyara!, A* matou Hyara!”

No depoimento dado à polícia, que ocorreu no dia 11 de julho, o pai de Hyara diz que ela tentou avisa-lo na noite antes do crime que algo estranho estava acontecendo na casa, mas ele respondeu que só iria na casa no dia seguinte por estar “tarde” demais.

Ainda conforme as informações obtidas, o marido da vítima teria recebido no celular imagens da mãe com o tio de Hyara despidos, em um motel da cidade de Eunápolis. Revoltado, ele e o pai teriam armado uma vingança que culminou na morte da adolescente.

Outra pessoa disse ao delegado que ao entrar no imóvel após os disparos, o suspeito estava tirando o “pente” da pistola e disse ao pai que matou Hyara, como se estivesse cumprindo o objetivo. Os dois fugiram com a família logo depois da vítima ser socorrida numa caminhonete. Uma testemunha revelou que achou estranho o fato da família do suspeito ter deixado as malas prontas no dia do crime.

Os acusados negam o assassinato e apontam que a morte da menina foi um acidente. Parentes disseram à polícia que a fuga foi para a família não sofrer retaliação, já que “no meio cigano, quando mata um cigano, e a outra família chega no local, se topar o pai, o irmão ou algum familiar, tem que matar o outro no lugar”.