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O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a atuação da Força Penal Nacional (FPN) no Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, por um período de 30 dias. A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (28), foi assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski e visa reforçar a segurança e capacitar equipes locais.


A intervenção ocorre em meio a uma grave crise no sistema prisional da região. Em dezembro de 2023, criminosos invadiram o presídio e libertaram 16 detentos, que fugiram usando cordas artesanais feitas de lençóis. O episódio, registrado por câmeras de segurança, levou à prisão da então diretora Joneuma Silva Neres, acusada de facilitar a fuga.

Desde então, a unidade está sob gestão do Grupo Especializado em Operações Prisionais (GEOP). A situação se agravou na semana passada, quando o atual diretor, Jorge Magno Alves Pinto, sofreu um atentado, intensificando a violência no município.

A FPN, criada em 2023 para responder a crises no sistema prisional, atuará em cooperação com órgãos estaduais, focando em gestão, treinamento e capacitação. A medida busca restabelecer a ordem e a segurança no presídio, que enfrenta desafios estruturais e de gestão.

A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap) supervisionará a operação, que incluirá apoio logístico e ações coordenadas com as forças locais. A expectativa é que a intervenção traga estabilidade ao complexo penal e reduza os riscos de novos incidentes.

Crise no presídio

O Conjunto Penal de Eunápolis passa por um intervenção e está sendo gerido pelo Grupo Especializado em Operações Prisionais (GEOP), visando o restabelecimento da ordem e segurança no presídio, que passa por uma grave crise desde o ano passado.

No dia 12 de dezembro de 2024, criminosos armados invadiram o Conjunto Penal e libertaram 16 detentos. Os fugitivos estavam no pavilhão B do Conjunto Penal e usaram uma “teresa” – tipo de corda artesanal formada por lençóis – para fugir pela lateral do alambrado. O momento foi registrado pelas câmeras de segurança internas do presídio.

A ex-diretora da unidade prisional Joneuma Silva Neres, chegou a ser presa sob a suspeita de ter facilitado a fuga. Ela foi a primeira mulher a assumir o posto de chefia de um presídio na Bahia.

No lugar de Joneuma, entrou Jorge Magno Alves Pinto. Ele sofreu um atentado na semana passada, o que motivou ações das forças de segurança do estado no sentido de combater a crescente onda de violência no município.