Mundo do futuro, hoje! Para além da responsabilidade socioambiental (Foto: observatorio3setor.org.br)

Como uma forma de garantir a estabilidade do poder de compra do Real, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade, o Banco Central do Brasil (BCB), neste mês de setembro de 2021, divulgou seu primeiro Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas.[1]


O documento trabalha as formas institucionais para mitigar os riscos decorrentes tanto de mudanças ambientais e climáticas quanto da existência de disparidades de oportunidades de participação e afluência social, que possam afetar o alcance da missão do BCB.

Em termos gerais, a Responsabilidade Socioambiental é um compromisso que as empresas possuem com o meio em que estão inseridas. Dessa forma, as instituições se tornam encarregadas por adotarem postura de mercado ética e responsável, levando em conta os impactos sociais e ambientais que suas decisões podem acarretar.

A Responsabilidade Socioambiental diz respeito tanto a ações empresariais que respeitam o meio ambiente, quanto a políticas

públicas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade, demonstrando, todavia, que todos são responsáveis pela preservação ambiental: governos, empresas e cidadãos.

No atual contexto, muitas empresas enxergam essa questão como uma moda passageira ou como um grande negócio, tendo duas grandes correntes de pensamentos que se destacam nesta área, a saber:

1.   Empresas que investem em Responsabilidade Socioambiental como moda passageira, incentivando seus colaboradores para, exclusivamente, abocanhar o nicho de mercado dos que investem em ações sociais e preferem pagar mais por um produto que não viola o meio ambiente;

2.   Empresas que investem em Responsabilidade Socioambiental com o objetivo de ter materiais para poderem investir em marketing e passar a imagem que a empresa é socioambientalmente responsável.

Ambas as correntes de pensamentos são consideradas, por muitos especialistas no assunto, como não éticas, por tentarem passar uma imagem que não corresponde à prática organizacional.

Por outro lado, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Business Council for Sustainable Development – WBCSD), em 1998, foi o primeiro organismo internacional, puramente empresarial, a pautar o tema da Responsabilidade Socioambiental, com ações voltadas à sustentabilidade.[2]

O WBCSD definiu Responsabilidade Socioambiental como “o compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo”.

O conceito pode ser entendido, também, como um sistema de gestão adotado por empresas públicas e privadas que tem por objetivo providenciar a inclusão social (Responsabilidade Social) e o cuidado com o meio ambiente (Responsabilidade Ambiental).

Os debates, ações, projetos e programas para a gestão da crise socioambiental não podem mais tratar, isoladamente, as questões do desenvolvimento econômico da redução da desigualdade social, sustentabilidade, economia solidária, entre outros.

Estes temas fazem parte de uma agenda comum a todos os países, governos, empresas e cidadãos. E como o futuro é o que estamos fazendo hoje, as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças direcionam o status quo, a barbárie ou a reinvenção do mundo.

A participação da sociedade na discussão das questões socioambientais fortalece o exercício da cidadania e o desenvolvimento de uma consciência crítica e ética, transformando as pessoas envolvidas e, estas, no seu lugar vivencial.

A ARPSI INSTITUTE, em contribuição com as questões apontadas, vem desenvolvendo estudos, projetos e negócios em direção a uma visão de Cidades Mais Includentes, onde as pessoas prosperem – pessoalmente, profissionalmente e como membros ativos de suas comunidades – com Responsabilidade Socioambiental.

Através do Método de Gestão Estratégica Transdisciplinar (GET), adotamos uma abordagem positiva e proativa para moldar o Mundo do Futuro, Hoje!, com as pessoas no centro da tomada de decisões organizacionais, corporativas e políticas.

O Programa ARPSI – Mundo do Futuro, Hoje!, lança um olhar sistêmico e humanístico sobre a vida e a produção, tendo vista a interdependência dos processos e a impositiva conjugação da atuação

de cada um de nós, seja como cidadãos, organizações produtivas, instituições governamentais ou entidades não governamentais.

O Programa ARPSI – Mundo do Futuro, Hoje!, foi desenvolvido em diálogo com a Economia Solidária e Criativa, as Tecnologias Limpas e as Forças de Trabalho inclusivas, seguras, motivadas, qualificadas e preparadas, objetivando responder a qualquer desafio que venha a surgir.

O Programa ARPSI – Mundo do Futuro, Hoje!, cria, também, oportunidades para que as empresas, por um lado, respondam aos desejos das pessoas por segurança, geração de renda, bem-estar, lazer, interatividade, capacitação e propósito de vida e, por outro lado, atraiam e retenham as Forças de Trabalho locais, para a garantia de um futuro em que as pessoas e as empresas não apenas se adaptem, mas, também, cooperem e prosperem.

REFERÊNCIAS


[1] Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas.

In, https://www.bcb.gov.br/publicacoes/relatorio-risco-oportunidade. Acessado em 24 de setembro de 2021.

[2] https://www.wbcsd.org/. Acessado em 24 de setembro de 2021.