Olá, pessoal! Na Coluna Simplificando o INSS desta semana, falaremos sobre um assunto novo no âmbito dos benefícios previdenciários e que tem divido opiniões: A utilização de robôs na análise de benefícios.
Em Maio de 2022, o Instituto Nacional do Seguro Social começou a utilizar uma inteligência artificial para analisar pedidos de benefícios. O robô, que analisa se o cidadão tem ou não direito ao benefício solicitado, foi implementado após o fim do contrato temporário de servidores que faziam essas análises.
Veremos agora pontos positivos e negativos acerca dessa nova tecnologia.
Os robôs podem ser programados para realizar tarefas específicas, como a coleta e a verificação de documentos, a análise de dados financeiros, a validação de informações do segurado, entre outras etapas do processo.
Os benefícios da automação nesse contexto incluem:
- Eficiência: Os robôs podem processar grandes volumes de pedidos de forma rápida e consistente, reduzindo o tempo necessário para a análise.
- Redução de Erros: A automação pode ajudar a minimizar erros humanos, proporcionando maior precisão na avaliação dos pedidos.
- Disponibilidade: Os robôs podem trabalhar continuamente, sem pausas, o que pode acelerar significativamente o processo de análise.
- Adaptação a Mudanças nas Regras: A inteligência artificial pode ser ajustada facilmente para incorporar alterações nas leis previdenciárias ou nos critérios de elegibilidade.
- Liberando Recursos Humanos: A automação de tarefas rotineiras permite que os funcionários do INSS se concentrem em tarefas mais complexas e que exijam raciocínio humano.
Por outro lado, a complexidade da análise de documentos variados, entre outros aspectos, torna a automação dependente da análise humana em muitos casos. Aqui estão alguns problemas potenciais associados à implementação da nova tecnologia:
- Falta de contexto humano e desconsideração de Situações Excepcionais: Os robôs podem ter dificuldade em lidar com casos únicos, complexos ou excepcionais que exigem compreensão humana e discernimento.
- Tendência e Discriminação algorítmica: Se os algoritmos forem treinados com conjuntos de dados tendenciosos, isso pode resultar em decisões discriminatórias ou injustas.
- Falta de Transparência nas Decisões: Algoritmos de inteligência artificial, especialmente em métodos mais complexos como redes neurais, podem ser difíceis de interpretar, o que levanta questões sobre a transparência das decisões.
- Acesso Limitado a Recursos para Revisão: Se um benefício for negado automaticamente, os segurados podem enfrentar desafios para recorrer da decisão, especialmente se não houver uma revisão humana disponível.
- Falhas Técnicas e Erros de Programação: Robôs e algoritmos podem cometer erros, especialmente se houver falhas técnicas, bugs de software ou problemas na programação.
- Falta de Empatia: A empatia humana pode ser crucial ao lidar com situações sensíveis, como questões de saúde ou dificuldades financeiras.
- Desconfiança na Tecnologia: A resistência ou desconfiança do público em relação à automação pode surgir se as pessoas não compreenderem ou não confiarem nos processos automatizados.
Em resumo, a automação de processos no INSS pode trazer benefícios significativos em termos de eficiência, rapidez e redução de erros. No entanto, é crucial abordar essa automação com uma visão equilibrada, considerando as complexidades e sensibilidades associadas à concessão de benefícios previdenciários.
Qual sua opinião sobre o assunto?