Síndrome de Asperger: conheça esse transtorno do desenvolvimento. (Foto: Lunetas.com.br)

A Síndrome de Asperger é um transtorno do desenvolvimento do sistema nervoso caracterizado pela dificuldade nos processos de socialização e comunicação, fazendo parte do espectro do Transtorno do Espectro Autista. Nesse sentido, a interação com outras pessoas é prejudicada, acentuando o déficit social.


De forma geral, indivíduos com Síndrome de Aspenger abordam as pessoas com um assunto excêntrico, como por exemplo falar de um tema de forma repetitiva sem a percepção da falta de interesse de quem ouve, e se por acaso o interlocutor mudar a temática da conversa, eles não dão importância. Nesse contexto, possuem obsessão por um tema específico e não se sentem a vontade para executar novas experiências. Esse fato faz com que esses pacientes se sintam inseguros ao sair do seu espaço de conforto ou até mesmo do assunto que é interessado.

Na foto, a jovem ativista sueca Greta Thunberg, diagnosticada com Aspenger. A garota diz que a síndrome é seu “super poder” e vive normalmente com ela. (Foto: Marketwatch.com)

Sendo mais comum nos meninos, esse transtorno não causa atraso no desenvolvimento da linguagem normal, apesar de possuírem uma linguagem prolixa, monótona e vocabulário rico. No entanto, eles têm dificuldade de entender sarcasmo, ironia e situações emocionais, não tendo facilidade de ter empatia pelos outros. Na maioria dos casos, há uma falta de expressão facial quando se comunica com outra pessoa e não mantém o olhar nos olhos do outro. Diante disso, os portadores dessa síndrome ficam mais sozinhos, aumentando o risco de ter depressão no futuro.

Além disso, há um atraso no desenvolvimento psicomotor e as funções que ajudam, por exemplo, a andar de bicicleta, agarrar uma bola, ou abrir garrafas podem ser comprometidas ou feitas com dificuldades. Possuem também uma coordenação motora pobre, o que reflete na forma de andar e ter posturas incomuns.

O diagnóstico é clínico, baseado nas características comportamentais. Em contrapartida, testes neuropsicológicos auxiliam na formulação de diagnóstico.

O tratamento dessa doença se faz de forma multidisciplinar. Seguindo essa lógica, a terapia cognitiva-comportamental envolve o treinamento de comportamentos sociais para melhorar o contato com as outras crianças. A fonoaudiologia trabalha com a comunicação, melhorando a monotonia da fala e podendo ajudar estas crianças a comunicarem-se de forma mais objetiva, além de melhorar também a linguagem não verbal. A psicologia é importante porque como mencionado, essas crianças podem desenvolver ansiedade e depressão na adolescência e no início da vida adulta, além de ajudar na inserção do indivíduo no contexto emocional social. Quanto ao tratamento farmacológico, não há nenhum que trata a síndrome, mas há medicações que tratam as comorbidades psiquiátricas como neurolépticos, a exemplo da Risperidona, que faz com que essas crianças não fiquem agressivas. Também são usados os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) pro tratamento de transtorno obsessivo – compulsivo.