Os professores, merendeiras, faxineiras e vigias da rede municipal de ensino de Guaratinga decidiram pela continuidade da greve, que já dura três meses. Agora, a mobilização que tinha 50% do efetivo foi reduzido para 30%. A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (07) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) de Guaratinga.


A categoria esteve na Secretaria de Educação do município, nesta terça-feira (08), protocolando os Requerimentos de Direitos e Vantagens (RDV) cobrando a reposição do desconto de mais de 50% em seus salários referentes a julho.

Profissionais na secretaria de educação nesta terça, dia 08 de agosto (Foto: APLB Guaratinga)

“A constituição diz que temos direito de greve e esses valores foram retirados de forma arbitrária pela gestão da prefeita Marlene Dantas”, disse Claiton Ribeiro, coordenador da Aplb Guaratinga.

Desde o dia 01 de agosto, a rede municipal de ensino está com as aulas suspensas pela Secretaria de Educação devido a mobilização anunciada pela APLB. O retorno das atividades está programado para essa quarta-feira (08) com orientação de funcionamento com apenas 30% dos servidores para manter os serviços essenciais necessários ao bom funcionamento da rede escolar municipal.

Assembleia foi realizada na tarde de segunda (Foto: APLB Guaratinga)

Na semana passada, os servidores foram até a Delegacia de Polícia e registraram boletim de ocorrência contra o município por apropriação indébita dos salários referentes a julho.

IMPASSE

Por três meses, os trabalhadores na educação de Guaratinga ficaram em greve com 50% do efetivo, devido a um impasse com a prefeitura no acordo de reajuste salarial. De acordo com o sindicato, o valor proposto pela prefeitura fica abaixo do piso salarial nacional estipulado em lei nos últimos três anos, onde não foi concedido 45,18%. Além do adicional de insalubridade de merendeiras e faxineiras retirado em 2022.

Até o momento, a Secretaria de Educação de Guaratinga não se pronunciou sobre a nova decisão tomada pela assembleia da APLB de Guaratinga, mas confirmou o desconto salarial no mês de julho de 50% em virtude da greve decretada pela categoria, que resultou em uma carga horária de trabalho reduzida equivalente a meio período. Disse ainda, que em maio houve um desconto relativo a 15 dias de paralisação, mas em junho não houve desconto.

Enquanto isso, os mais de 3 mil alunos da rede pública de educação municipal, seguem preocupados com a possibilidade de interrupção do calendário escolar de 2023.